"(...) vou escrevendo meus versos sem querer,
Como se escrever não fosse uma coisa feita de gestos,
Como se escrever não fosse uma coisa que me acontece...
como dar-me o sol de fora" (XLVI, Alberto Caieiro FP)
Posso, sem armar, revoltar-me?
Pergunta o poeta ('A flor e a náusea', Drummond)
Nos armaremos hoje de palavras
Viemos aqui cumprir a função da poesia
Que é salvar o idioma da esclerose (Manoel de Barros) ....
quem sabe o mundo também
Na tentativa da guerrilha poética,
o Sarau da Biblio volta nessa segunda edição
Lutando contra a imobilidade do coque,
que no conjunto dos óculos, inertes,
nada mudam a sociedade (Vagner Rodolfo)
Esperamos semear semelhantes empreitadas,
Estimular nada sorrateiras noites poetadas
Bem vindos a injetar insanidade nos verbos
Transmitindo aos nomes (os) seus delírios (Manoel de Barros)
Sendo grande, sendo inteiro ('Ser grande', Ricardo Reis- FP)
E juntos, coletivamente,
sendo o milagre quando somos nós (Abrapira, Chaiss)
Garanto que hoje, no CBD, uma flor nasceu! ('A flor e a náusea', Drummond)"
(por Patrícia Pimenta)
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